O Barcelona manteve o atual domínio no futebol espanhol. Com um gol no final, o time azul-grená venceu o Real Madrid por 3 a 2 e se sagrou campeão da Supercopa da Espanha, nesta quarta-feira.
Jogando no Camp Nou, o Barcelona contou com dois gols do astro argentino Lionel Messi para faturar a taça pela décima vez e seguir como o maior vencedor da competição. O clube madrileno segue com oito títulos.
Barcelona x Real tem sido o principal clássico do futebol mundial. Duas das principais equipes da atualidade, os times se enfrentaram pela sexta vez neste ano. Além da partida do último domingo pelo duelo de ida Supercopa da Espanha, os rivais se cruzaram em outras quatro oportunidades: uma pelo Campeonato Espanhol (empate), uma pela final da Copa do Rei (empate nos 90 minutos e título dos madrilenos na prorrogação), e duas pelas semifinais da Liga dos Campeões (um empate e uma vitória dos catalães).
Porém, o Barcelona tem sido superior ao rival e, como já havia acontecido na Liga dos Campeões e no Campeonato Espanhol, derrotou o time comandado por José Mourinho e acabou ficando com o título.
A conquista ainda teve um sabor especial para o técnico da equipe catalã, Josep Guardiola. Ele se tornou o treinador que conquistou mais títulos com o Barcelona na história. O espanhol estava empatado com o lendário Johan Cruyff, com dez títulos somados. Como técnico da equipe, Guardiola faturou três ligas espanholas, um Mundial de Clubes, uma Supercopa da Europa, duas Ligas dos Campeões, uma Copa do Rei e três Supercopas da Espanha.
O jogo também foi marcado pela estreia de Cesc Fábregas, que regressou ao clube de coração após passagem pelo Arsenal. Especulado há muito tempo no time azul-grená, o meia, enfim, voltou e já faturou um título.
O jogo
Depois de o Barcelona jogar com um time misto na partida de ida e ver o Real Madrid ser melhor, Guardiola escalou a equipe titular (a mesma que jogou a final da Liga dos Campeões diante do Manchester United).
Depois de o Barcelona jogar com um time misto na partida de ida e ver o Real Madrid ser melhor, Guardiola escalou a equipe titular (a mesma que jogou a final da Liga dos Campeões diante do Manchester United).
Nomes como Piqué, Pedro e Xavi, que ficaram no banco e entraram ao longo do empate por 2 a 2 de domingo, começaram a partida desta quarta. Busquets, que nem sequer entrou no último jogo, também iniciou o duelo.
Pelo outro lado, poucas mudanças. Já tendo contado com a base do time titular, Mourinho colocou apenas o português Fábio Coentrão na vaga do brasileiro Marcelo, dando assim mais ofensividade pelo lado esquerdo.
Precisando marcar para ficar com o título, o Real iniciou a partida mais lançado ao ataque, mas logo o ritmo diminuiu e os times passaram a trocar muitos passes, do jeito que o time azul-grená gosta.
Assim, logo aos 14min, o time da casa abriu o placar. Aproveitando uma linha de impedimento mal feita pelo Real Madrid, Messi deu um belo passe e deixou Iniesta, livre, de frente para o gol. O camisa 8 só teve o trabalho de tocar com categoria para tirar de Casillas: 1 a 0.
Porém, a resposta da equipe visitante veio de forma rápida. Cinco minutos depois, Benzema dominou na esquerda, concluiu com desvio da marcação e Cristiano Ronaldo apareceu no meio da área para desviar para as redes e marcar o primeiro gol dele no Camp Nou. Com 19 minutos de bola rolando, a partida já dava indícios da emoção que estava por vir.
Logo após sofrer o gol de empate, o Barcelona quase voltou a ficar à frente no marcador. Aos 21min, Pedro recebeu passe no ataque, escapou de Coentrão e concluiu para grande defesa, de mão trocada, de Casillas. Quatro minutos depois, Cristiano Ronaldo soltou a pancada de fora da área e acertou o travessão da meta adversária.
O duelo seguiu bastante movimentado e com as equipes se alternando. Com o passar do tempo, o Barcelona passou a ter mais posse de bola e, aos 44min, voltou a marcar. Messi tocou para Piqué, o zagueiro devolveu com um belo passe de calcanhar e o argentino completou com estilo para o fundo do gol, decretando o placar da primeira etapa.
Na volta para o segundo tempo, Mourinho fez uma alteração no Real Madrid. Atrás no marcador, o técnico português buscou deixar o time mais ofensivo com a entrada de Marcelo na vaga de Khedira. Assim, Coentrão foi para o meio, formando a dupla de volantes com Xabi Alonso, enquanto o brasileiro assumiu o lado esquerdo.
Porém, no início da etapa final, o que chamou mais a atenção foi um lance ríspido. Ao subir para cabecear uma bola no meio, Marcelo deixou a perna, em uma tentativa de acertar Messi. Na sequência houve uma breve discussão entre os jogadores das duas equipes. Marcelo, que não tem sido convocado pela Seleção Brasileira, e Daniel Alves, que é membro do time de Mano Menezes, também se desentenderam.
O duelo teve uma queda de rendimento durante o segundo tempo. Com isso, Mourinho voltou a mexer no Real: sacou Di María e colocou Higuaín. No entanto, quem levou perigo foi o Barcelona. Aos 20min, Messi invadiu a área e arrematou para defesa de Casillas. Cinco minutos depois, o Real respondeu em uma cobrança de escanteio que Sergio Ramos cabeceou à direita da meta.
Conforme o tempo passava o Real se lançava mais ao ataque e conseguiu empatar o jogo aos 36min. Após cobrança de escanteio, houve um bate-rebate na área do Barcelona e Benzema tocou a bola para o fundo do gol: 2 a 2.
Quando parecia que a decisão seguiria além dos 90 minutos, o Barcelona marcou com o ídolo Messi. Aos 42min, o estreante Fábregas tocou para Messi, que acionou Adriano. O brasileiro devolveu para o argentino, que completou para as redes e confirmou o primeiro título do Barcelona na temporada.
Nos minutos finais, a partida ficou mais uma vez manchada por um clima de tensão. Marcelo deu entrada dura em Fábregas e recebeu o cartão vermelho. Na confusão, Özil e David Villa, que já haviam sido substituídos, também receberam o vermelho.
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